sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A última crónica do Campino Aníbal

21 de Janeiro de 2011

Casal Cambique, 21 de Janeiro de 2011

Olá Vizinhanços,

Pela última vez, e só porque as eleições do próximo domingo são fundamentais para a reposição da esperança dos portugueses no futuro desta “República dos Bananas”, vou escrever esta crónica. Aproveito ainda me terem aberto a antena, para escrever que considero que o Administrador deste blog estaria muito bem numa montra do Museu da PIDE. Mais valia estar cá o outro, que com esse, e embora gostasse de roçar o rabo no selim da bicicleta, eu entendia-me bem. Agora ter que levar com meninos da mamã que usam piercings nos mamilos, e ditam regras editoriais consoante o dia da semana é que não.

Ora cá vai:
Cabrão de Boliqueime – É o pré-vencedor. Anda toda a gente a confortá-lo que a vida faustosa está garantida por mais 5 anos e não haverá 2ª volta, mas como o cabrão sabe que tem culpas no cartório, não só pela política económica iniciada por ele enquanto governante, como também pelos generosos favores que lhe foram feitos pelos mafiosos amigos do Banco, não acredita como é possível mesmo assim ir ganhar as eleições. Pois, nem ele, nem eu…

Pateta Alegre – Não há palavras para descrever tanta patetice. É um candidato sonhador que pouco a pouco tem vindo a acordar para a realidade e que concluiu tarde de mais que afinal os direitos de autor não eram suficientes para uma vida regalada de papo pró ar e sem fazer puto. É o socialista típico pós-25 de Abril. Sabe declamar versos e tem uma voz de capitão de Abril, mas caga-se todo de medo quando o Sócrates o chama ao castigo. Fez uma campanha publicitária para um Banco Privado, mas já não se lembra que gastou as 300 mocas em duas espingardas.

Xico Electricista – Este é o candidato camarada. Tem cara de tótó, mas sabe a cassete toda e por isso incomoda muita 'boa' gente. É um bocado malcriado e inoportuno porque chama as vacas e chulos pelos nomes e um Presidente não é um Secretário-Geral do PCP. Tem, à semelhança de muitos camaradas, o grave problema de estar habituado ao fato-macaco de operário e vê-se que só usa gravata quando o Comité Central o obriga, e por isso a roupa presidencial das fitinhas que costuma ser tirada nas fotos oficiais não lhe cairia nada bem. Tem ainda a desvantagem de não conseguir convencer os comunistas mais ortodoxos a não levarem as bandeiras das foices e martelos para os comicios, e por isso há muita gente que tapa os ouvidos para não o ouvir porque está quase na hora da novela e é uma chatice ouvir falar dos problemas do mundo, da fome, da miséria, do desemprego e essas coisas de pobre. Eu até votaria nele, mas tinha que prometer que revogava a Lei do Casamento da Paneleiragem, mas está comprometido por andar a defender os “cagões de leite”. Também foi por causa causa dele que o Renato desarrolhou o Castro, quando este o pediu em casamento.

Fernando Pobre – É daqueles dirigentes associativos que andaram uma vida inteira a tentar escolher um partido mas que não queriam passar pela vergonha de andar a colar cartazes já com 40 anos de idade com miúdos de “cabelo à fosgasse” e que snifavam carreirinhos de coca. É um candidato que toma muitos comprimidos e por vezes nota-se que está a curtir um Xanax ou um Prozac. Na última semana, os médicos amigos, mudaram-lhe os medicamentos e agora adquiriu um complexo de perseguição em que ouve vozes ao telemóvel em que alguém o procura desesperadamente para lhe estoirar os miolos.

Qualquer Coisa Moira – Só se candidatou para evitar que os socialistas que não gostam do Alegre (que são muitos) não votem no Cavaco. Diz que é contra as touradas, mas dizem as más línguas que ele foi muito toureado politicamente no passado e até levou pegas de sarnelha e ferros compridos. Neste não voto certamente. Com este a presidente, eu ficaria desempregado.

Coelhinho da Madeira – É o típico político madeirense de direita. Um palhaço de fato Hugo Boss de saldo com monograma bordado no interior do bolso. Se fosse natural do continente, era certamente dirigente do PPM.

Adeus queridas vizinhanças e mariconços vizinhanços,

Enquanto que este blogue for mandado por gajos de brincos nas mamas e merdas desse género, não ouvirão falar mais de mim, o que diga-se de passagem, é uma sorte do catano para muita gente.

E por falar nisso, deixo um beijinho muito especial às três mulheres que foram as musas da minha vida literária: A Graciete, a Sónia e a Teresa. Para elas, todo o carinho do mundo e que sejam muito felizes, mas que nunca se esqueçam que nem todos passam por parvos.

Aníbal, não o cabrão de Boliqueime. O outro !

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